Nosso dominó de coisas boas

E uma breve experiência de quando eu produzia conteúdo

Morena
2 min readJul 30, 2024

Ela me disse que largou a relação abusiva. E alugou o apartamento dela. E eu não sabia onde caberia tanta felicidade. Mais uma mulher aprendendo a se amar. A amar. A reconhecer amor e não aceitar estar onde ele falta. Mais uma mulher poderá lutar por si mesma e por seu direito de ser feliz. Caralho, mais uma de nós que vai levantar mais de nós por aí. E derrubar os domínios como dominós de brinquedo. Até que todas nós tenhamos certeza de que ninguém precisa ficar onde não está bem. Sem relativizar os próprios sonhos, medos, vontades, impulsos, ideias. Sem esconder seu corpo, seu rosto e sua voz.

Ela teve o carinho de me dizer que meus conselhos foram importantes para sua decisão. E ela não sabe o presente que me deu ao me mostrar com tanta clareza que é isso que chamam de propósito. Não que eu seja a melhor pessoa para aconselhar. Mas toda vez que vejo alguém desenhando formas mais saudáveis de viver, formas mais suas de definir o amar… eu me sinto honrada em fazer parte desse processo.

Quem já está no caminho da autorreflexão precisa de pouco. Às vezes de uma frase, de um quinze segundos num vídeo. Às vezes é uma trocação de ideia por inbox de uma hora. Às vezes, só da própria companhia e se ouvir para me contar como está. E quando se entende para me explicar, descobre o que fazer antes de falar comigo. Aí me diz sorrindo que já se resolveu.

Me sentir parte do jogo de dominó em que caem as coisas ruins é mágico. Tem me mostrado que realização pessoal não tem a ver com me sentir incrível. Tem a ver com estar cercada de gente incrível que se abre para ter contato com algumas ideias e me dá presentes o tempo todo, porque escolhe ser mais feliz a partir das nossas trocas. E nesse dominó às avessas, a gente vai levantando com coisas boas também para o próximo da fila.

Assim de grande é o coração de quem me abraçou e às minhas ideias com tanto carinho. Obrigada! 💛

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Written by Morena

Eterna aprendiz na escrita e na vida adulta. Falo principalmente de (e com) amor, próprio e pelo outro.

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