Você vai lá, põe sua melhor roupa, escuta a melhor mensagem motivacional e se prepara para mudar de vida. Enche o peito e os ouvidos com as melhores palavras, a cabeça com as melhores ideias. Fala para os amigos, para a família, para o cachorro e para as nuvens como encontrou a luz no fim do túnel e como está disposto/a a fazer tudo isso que nunca conseguiu fazer antes.
No dia seguinte acorda com toda a agitação de quem quer revolução. Limpa a casa, muda os móveis de lugar, empilha todos os livros que quer terminar e todas as tarefas que estavam por fazer. Ufa! Cansou. Faz uma pausa. Vê um pouco de Netflix. Come um docinho. Tira um cochilo. E tudo aquilo que aprendeu e te motivou vai perdendo força. Aí você caça o próximo manual de “como viver minha vida do jeito certo”. Parece que você ainda não aprendeu que não se encontra esse manual do lado de fora. Aquela motivação estava em você. E ainda está. Se parar de correr em círculos, você vai voltar a ver.
As palavras que você tanto procura, a luz que você tanto persegue, nada mais são do que você mesmo/a quando se permite pausar. Quando encara as coisas que te importam, percebe o quão pouco tempo de fato tem (e temos) para realizá-las. Não é pelas mil estratégias de gestão de tempo nem pelas duzentas frases de impacto coladas no seu mural. É só por você, como único/a representante do seu sonho na Terra (sim, Emicida sempre genial). Como única pessoa que pode descobrir, criar ou inventar seu próprio sonho. Como única pessoa que de verdade se importa — ou deveria se importar — com isso.
Então, para com isso de achar que a motivação foi embora. Seu maior motivo para ação é que você está aí, respirando e é, nesse exato lugar do espaço-tempo, a única expressão do Universo para que Ele descubra todas as possibilidades que pode atingir através de ti, sendo sua melhor versão.
✨